NathSchneider
Avaliadores da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estarão em Caçapava do Sul a partir do próximo domingo (6), para fazer a análise final dos projetos do Geoparque da Região Central. A cidade já respira o Geoparque desde 2019, quando o projeto começou a ser estruturado. A visita está prevista para durar quatro dias.
Para falar sobre o assunto, o programa CDN Entrevista, da CDN 93.5 FM, recebeu o secretário de Cultura e Turismo de Caçapava, Stenner Camargo Oliveira.
– Nós estamos bastante otimistas e nos preparando, a prefeitura está mobilizada para a recepção dos avaliadores da Unesco. Com uma boa expectativa deste reconhecimento. Nós preparamos um roteiro que começa no domingo no campus da Unipampa. Alí vao ter algumas manifestações artísticas já mostrando um pouco da cultura de Caçapava do Sul – pontou o secretário.
Aspirante
Forte de Caçapava. Foto: Nathália Schneider (Diário)
Caçapava possui mais de 30 geosítios catalogados. A cidade, especialmente a região das Guaritas, apresenta sucessões de rochas sedimentares marinhas e continentais. Há, ainda, espécies vegetais raras e endêmicas do bioma pampa, além de comunidades humanas tradicionais, como indígenas, quilombolas e pecuaristas familiares. A região também apresenta a maior biodiversidade de cactos da América Latina. Dos 62 tipos catalogados, 29 são encontrados em Caçapava.
A possibilidade do reconhecimento do Geoparque por parte da Unesco fez com que diversos empreendedores investissem em negócios ligados à identidade da região. Atualmente, são 79 empresários rurais e artesãos que já possuem os três tipos de selo do Geoparque e movimentam a economia do município. O projeto criou três tipos de selos: o apoiador, quando qualquer pessoa que se identifica com o projeto pode contribuir; a iniciativa parceira, que inclui os empreendimentos que estão no território, como hotelaria, gastronomia e artesanato; e o geoproduto, que são os produtos artesanais que carregam a identidade do território.